Bem-vindo !
O trabalho realizado pelos profissionais da EMEF Cristina Marcatto é pautado pela ética e permeado por amor e dedicação ao ensino e aos educandos.
Tamanho empenho pode ser agora conhecido através deste espaço, que foi especialmente criado para oportunizar à comunidade escolar, acesso aos trabalhos desenvolvidos por alunos e educadores, ao longo do ano letivo.
A EMEF Cristina Marcatto, aproveita o Dia da Secretária para fazer uma justa homenagem a Ivone, nossa fiel escudeira, sempre diligente em suas tarefas, e sempre facilitando o dia-a-dia escolar.
As turmas do 2º ano da professora Vera Lúcia, após assistirem a apresentação do Boi de mamão na Arena Jaraguá, confeccionaram a dobradura do Boi. O trabalho ficou mesmo lindo!
O
Boi-de-Mamão envolve dança e cantoria em torno da morte e
ressurreição do boi. Reza a lenda que, grávida, Catarina um
dia sentiu um forte desejo de comer língua de boi e, para que o bebê
não nascesse com cara de língua, seu marido Francisco cortou a
língua do boi preferido do patrão, matando o animal. Desolado,
o fazendeiro utiliza todos os meios disponíveis com o intuito de
ressuscitá-lo e, depois de inúmeras tentativas, quem consegue o
milagre é o menino Mateus, filho de Catarina e Francisco. Feliz
por ter seu animal de volta, o fazendeiro convida todos os moradores
das redondezas para uma grande festa, envolvendo personagens como
Maricota, Bernunça, bruxas, curandeiro e índias, entre outros.
Resumidamente, esta é a história do Boi-de-Mamão que os alunos do
1º ao 9° ano da EMEF Ribeirão Molha encenam todos os anos para a
comunidade e escolas visitantes.
Esta brincadeira é encontrada em
várias partes do país, recebendo diferentes nomes. No nordeste é
conhecido como "Bumba Meu Boi" ou "Boi Bumbá".
Em
Santa Catarina a brincadeira está presente em quase todos os
municípios do litoral com o nome de "Boi-de-Mamão".
Antigamente,
a brincadeira era conhecida em nosso litoral como "Boi de Pano",
mas com a pressa de fazê-lo, acabaram utilizando um mamão verde
para fazer a cabeça do boi. Daí o nome de Boi-de-Mamão, mantido
até a época atual, onde se vê cabeças de todos os tipos, até
mesmo de boi, menos de mamão.
A descrição mais antiga do
folguedo, em Florianópolis, é de 1871 feita pelo historiador José
Arthur Boiteux.
PERSONAGENS
Entre os figurantes do auto temos:
O "vaqueiro", chefe do bando, que é assim denominado no
Vargedo, em outros lugares é conhecido como "Chamador", ou
ainda por "Mateus". Ele vai sempre a frente, tendo à mão
um bordão para chamar o "boizinho". Nas cidades de
Joinville e Florianópolis o Mateus é uma espécie de palhaço que
utiliza máscara e ajuda o médico a salvar o boi. Ao lado de outros
figurantes, Mateus teatraliza o espaço vago das apresentações e é
a figura de maior destaque no quadro da morte do boi.
O elemento
principal como o próprio nome indica é o boi, portanto, personagem
obrigatório. Consiste em uma armação de madeira, sobre a qual
estendem um pano grande, branco ou preto, com remendos da cor,
imitando as manchas do couro do boi natural. Sob a armação vai o
"brincador" (como o chamam). Ao boizinho dão um nome
qualquer: Pintado, Malhado (Boi Pampa), etc. A não ser na hora em
que brinca, o boizinho mantêm-se deitado. Atende só aos chamados do
"Chamador", seu patrão. O "brincador" é mudado,
de vez em quando, para não cansar. Há localidades, como em
Jaraguá do Sul, que existem bois chamados de Surtão ou Jaraguá
(metade preto e metade branco), que é um tipo de bernúncia, que
brinca de pé com um só personagem, com a mesma bocarra, sem
cantoria própria, apenas citada na cantoria dos bichos.
Encontramos também, com a mesma persistência o "Cavalinho"
(para homenagear o tropeiro que guiava a boiada) com exceção da
localidade de Lajeado, onde não aparece.
A "Cabra",
aparece, tão somente nos autos do Rio das Pedras e de Capivara e
Conquista. Há o marimbondo miudinho, com asas e tudo, com cantoria
própria, o Cururu, o cachorro, que espanta o urubu quando este vem
pinicar o boi, o macaco a virar cambalhotas pelo terreiro afora, o
urso que comeu o milho do roçado e, sempre recolhendo dinheiro, a
Jaruva, o leão, o jacaré e a girafa.
A "Bernúncia"(um
tipo de dragão que engole gente) é totalmente catarinense,
mas que segundo alguns estudos, seria uma estilização do dragão
chinês, trazida para nossa cultura pelos imigrantes. O primeiro
registro desse personagem foi realizado na cidade de São José,
próximo a Florianópolis, a partir de 1920. A Bernúncia é um bicho
medonho, guiado pelos dançadores que ficam serpenteando debaixo do
seu corpo de pano. A figura é uma espécie de gigantesca cobra de
tecido com uma enorme cabeça de papelão que anda entre os
participantes abrindo e fechando sua bocarra, em busca de alguém
para engolir. Quem é comido, passa a fazer parte do corpo do bicho,
aumentando seu tamanho. Parece estar associada às histórias do
bicho-papão ou da cuca que gosta de sair atrás das crianças para
comê-las. Algumas vezes é apresentado o Barão, o parceiro macho da
Bernúncia, com aspecto maior e mais fantasmagórico. A boca cheia de
dentes e o corpo coberto de barba-de-pau presa ao pano dá ao
personagem um aspecto monstruoso.
Também encontramos a
gigantesca Maricota, que pode ser chamada de Tirolesa em algumas
localidades. A Maricota é uma armação de madeira, com uns três
metros de altura, tendo por dentro um cruzamento entre a armação
que é acolchoada, a fim de ficar sobre os ombros da pessoa que
brinca dentro dela. No centro da armação alguns colocam um pau, com
o qual o brincador mantém o equilíbrio da figura. O rosto é uma
máscara com a fisionomia de mulher, de dimensões exageradas. Os
braços são soltos e em uma das mãos carrega uma bolsa. Com os
movimentos do dançador, os braços se abrem e, propositadamente,
atingem as pessoas. O vestido que cobre a armação é de chita
estampada berrante. Das orelhas pendem brincos enormes. Em Imbituba
encontra-se outra figura de uma mulher gigante chamada de Saborosa. A
cabeça e o rosto eram de porongo. Os olhos, a boca e o nariz eram
abertos, forrados com papel vermelho transparente. No seu interior
haviam colocado uma vela acesa, de maneira que de longe dava a
impressão de que a boneca estava viva, considerando-se que essas
brincadeiras são realizadas, normalmente, à noite.
"Palhaços"
e "Mascarados" são encontrados nos folguedos de Lajeado.
Estes são trajados com roupas velhas, máscaras e bordão. Os
mascarados são incumbidos de pedir esmolas aos donos das casas que
visitam. Toda a receita arrecadada, muitas vezes, são oferecidas à
Igreja local.
O "Doutor", tem funções de
benzedor, pois com um galhinho qualquer diz:
"Eu benzo este
boi
Com um galhinho de manjericão
O dono da casa
Tem que
pagar um patacão!"
Esta manifestação folclórica, que
acontece em nossa Santa e Bela Catarina há pelo menos 140
anos, deve ser preservada e transmitida às futuras gerações. Quando
souber de algum folguedo de Boi de Mamão, assista, e reconheça na
encenação, as histórias contadas neste post.
A turma do 3º01 da professora Nelita, após conhecer e produzir Literatura de Cordel, preparou um caprichado chá literário, que contou com a presença de Ana Lúcia da Silva Vosseler, representando a Secretaria de Educação.
Outros funcionários da escola também prestigiaram a turma.
As responsáveis pela biblioteca, ainda, fizeram uma participação especial, encenando a história "Eu sou o mais forte", com a técnica do Teatro de Sombras.